13.7.07


Acendo o cigarro, olho-o enquanto saboreio cada bocadinho do fumo que entra e sai dos meus pulmões… Penso na vida, comparo este cigarro á vida, cada passa um momento marcante, umas mais intensas, outras menos, enquanto arde sozinho é como que fosse a mera rotina diária, a cinza a acumular, a minha memoria curta… Um queimar irregular faz-me lembrar que até os momentos mais intensos, os melhores têm altos e baixos…

A cinza cai sozinha, lembra-me que ás vezes não precisamos de fazer nada para seguir em frente e aprendermos a viver com o passado, o passado simplesmente continua no presente mesmo sem estar lá, mas nem sempre nos lembrámos…

Apago-o ao fim de tantos momentos, de tantas memorias esquecidas que o compõem … O filtro amarrotado no meio de tantos outros filtros, no meio de tanta cinza abandonada… Um filtro de morte, que filtra a memoria, os sonhos, os momentos, talvez para nem tudo parecer tão cinzento, como um dia foi para nós…

10.7.07


Posso ser tudo o que quiserem, nunca serei o que quero, não sei porquê, aos vossos olhos, posso ser tudo, aos meus, que parecem feitos de vidro, sou uma imensidão de nada… Já fui estudante (já não sou), já fui criança (quem me dera voltar a ser), já soube escrever (será?), já procurei o amor (nunca o encontrei)…

Só me falta dar a volta ao mundo para definitivamente gritar ás alturas…

…O lua, ó noite, ó trevas, ó mares….. o vosso ser povoa o meu ser, vos sois tudo o que me transforma, em lobisomem, em demónio, em sombra e até em sereia se o tiver que ser…. Mas por favor, deixai-me morrer…

7.7.07


As arvores como que se vergam de encontro a mim, as nuvens parecem prestes a cair sobre todo o meu ser que já esteve mais longe de voar, e eu continuo de olhar prostrado no infinito… a pensar no nada, que me consome a alma… Alma negra de carvão de fácil combustão, negra e quente, a febre já me consome também, e o meu pensamento no nada a ser consumido com todas as minhas consumições…

Consumo-me, consome-me…

…e a minha alma arde…

…e eu ardo…

…queimo-me, brinco com as chamas…

…elas não brincam comigo…

…consomem-me…

E eu? Que é feito de mim após tanta consumição?

Fui Consumido por um fogo que eu fui criando, com que brinquei, e que brincou comigo…

2.7.07


Uns lençóis vazios de ti…. Chamam pelo teu perfume, querem sentir o teu corpo outra vez, há quanto tempo não são tocados? Nunca mais sentiram alguém ao meu lado depois de ti… Já algumas estiveram perto deles, mas nunca os sentiram, nunca consegui abrir a cama a mais ninguém…. Já tentei, mas fiquei sempre por uma cama amarrotada por desfazer…. Porquê? Não sei… Talvez por só contigo ter feito amor, mesmo amor… Aquelas tardes, tantas horas de prazer, uma música de fundo criada pelo bater dos nossos corações, como era bom… nunca mais foi mesmo bom, e contudo foram as vezes que era mais desajeitado, que era mais inocente, mas ainda representam uma das melhores definições de amor, de sexo, de…

O que procuramos verdadeiramente no sexo? O prazer? A intensidade do momento? Uns simples orgasmos? Sim acho que cada vez mais se tornou nisso, uma maneira de obtermos uma sensação como existem poucas, de uma maneira tão fácil… É fácil arranjar alguém com quem irmos para a cama (quem diz cama diz qualquer sitio onde possa ser feito, e acreditem poucos são impossíveis, é tudo uma questão de horários…. Ou nem isso….), umas horas, uma noite…. Mas quantas pessoas podem dizer que uns lençóis sentem a falta de alguém? Eu posso, e por isso quero voltar a encontrar alguém que faça os meus lençóis ganharem um novo perfume… e chamarem por ele, se um dia ele não volta á hora do costume….

1.7.07

Envolve-me…


Envolve-me na tua alma de seda, e aperta-me até já não sentir quem sou, como que se fizesse parte da seda, como se eu fosse cada uma e todas as linhas da tua alma…

Quando voltarei a conhecer alguém assim? Como é que alguém me poderá conhecer a tal ponto? EU sou aquele que alguém conheceu num café, o alguém que estuda com alguém, o alguém que conversou com alguém, o tal que beijou alguém, o que fez amor com alguém, o que enganou alguém, o que fez o que não deveria ter feito com alguém, o que disse algo a alguém, o que fugiu de alguém, o que bateu a alguém…. Enfim… Sou alguém e não sou ninguém… Queria apenas ser o alguém, o tal para a tal, mas a tanto tempo que não o consigo…. Apenas vou sendo um fio aqui, um fio ali, nunca o tecido por inteiro, nunca, mais que uma mancha num lençol, nunca, mais que um perfume que se esvanece com o tempo, uma memória esquecida….

Queria conhecer alguém e que alguém me quisesse conhecer como um todo, com o bom e o mau… Com o eu, o meu outro eu, e o outro ainda….

E a seda? Quando é que me apertas com a ela? Quando me irás envolver nela? Quando nos envolvermos nela? Quando nos tornaremos a Seda?

27.6.07


Pega-me pela mão enquanto dizes que precisas de falar comigo, como quando tínhamos uma idade menos avançada, como quando corávamos antes de nos engasgarmos, antes de falarmos, antes de saírem uma palavras já muito pensadas, já muito esquematizadas e planeadas, um discurso que não iria dar a entender tudo, um outro para o caso de as nossas palavras não serem interpretadas como queríamos…. E depois, na altura, naquele momento em que estávamos a sós, que os nossos olhos tremiam, que a barriga não se calava, que as pernas pareciam sujeitas a uma força gravítica diferente da do resto da humanidade… nessa altura, saía um simples “gosto de ti” balbuciado pelos nervos, quase que nos batíamos pelas palavras saírem sem pedirem autorização, por o discurso não ter sido aquele planeado… Mas era tudo tão verdadeiro, tudo tão complicadamente simples….

O mundo está bom é para os inocentes…

19.6.07


Amor de morte, alguém proferiu estas palavras no silencio de um café. Um silencio ensurdecedor, continuado por diálogos dos quais não fiz questão de participar, ainda estava a pensar no amor de morte, no que essas palavras poderiam significar noutro qualquer contexto, ou numa ausência completa de contextualização…

Reparo agora que estou no silencio do meu quarto, na fragilidade intensa dessas palavras, no tanto que podem conter…

A minha vida sempre foi amar de morte, amo até á exaustão, até á morte do amor… ate á morte de uma parte do meu ser, até aos poucos e poucos ir deixando de ser eu e ser reanimado por uma qualquer estranha sombra reconfortante que me resgata das trevas e me leva para a luz, e faz de mim o seu corpo, corpo que ela precisa para existir, eu , ser para quem ela vive, ser que sem ela não existe, e que até depois de morto continuará com a sombra, só que já não é a luz externa que a faz aparecer, mas o escuro interior…

Acumulo sombras dentro das minhas trevas, sombras de sombras, amores de morte, que me resgataram de amores de morte… Quando haverá o tal Amor simplesmente, ou serei apenas simplesmente um eterno cangalheiro de sombras? Um coveiro de Amores? Um algibebe de Dona Morte (como uma grande senhora disse um dia)?

22.5.07


Creio que já não há massa cinzenta no Mundo que consiga aguentar todo o meu turbilhão de sensações e emoções. Dentro de mim há uma infindável quantidade de emoções, sensações, que o pobre do meu cérebro passa o dia a tentar compreender, sentimentos nutridos por pessoa desse sexo tão complicado, aqueles sentimentos femininos assolam-me a alma e o ser… Uns dizem que querem ser meus uns minutos, outros querem ficar ate quando puderem, vivendo o dia, aproveitando o passado, outros simplesmente dizem que querem um momento bem passado… E eu? Eu o que quero? Uma explosão momentânea de adrenalina com uma pitada (q.b.) de testosterona, ou uma dose diária de prazer rotineiro, quase infantil, que me permita ter aquela dose diária, e não andar para aí a espera que me chegue a dose necessária para viver? Um pouco de metadona também não faz mal, mas cansa, apenas alivia o sofrimento de tempos a tempos, e conjugada com a dose não faz mal nenhum….

O meu cérebro está fechado para férias, cansou-se de se ocupar com sentimentos que doem, e com assuntos fúteis… Quem quiser o corpo, esta aqui, mas por favor, racionalizar sentimentos femininos, pensamentos desse sexo, não me peçam, prefiro um chã de cicuta….


Tantas passaram pela minha alma, tão poucas possuíram o meu corpo, tão poucas sentiram o meu ser, quantas sentiram todo o meu corpo (ou apenas um bocado???)….

11.5.07


Acho que definitivamente sou um incompreendido, sinto-me cada vez pior nesta sociedade que me leva a fazer coisas, a ser mais um estereótipo, a não poder ter uma conversa seguida de muitas outras com uma rapariga, que quero logo algo mais (não é que não queira, mas não se pode resumir tudo só a isso)….

O Mundo anda estranho, ás vezes parece que tudo para, que aquele momento muda a tua vida, que será um daqueles mesmo para recordar, e de repente, passa a ser mais um para esquecer. Porquê? Porque é que não pode haver momentos perfeitos hoje em dia, sem que uma boca, uma pessoa, ou qualquer outra coisa apareça para estragar um momento espontâneo e magico entre duas pessoas? Estou farto de não poder ser eu, nem numa simples conversa a dois… Sinto-me tão bem no meio de uma multidão, uma serie de copos vazios, e contudo só uma pessoa a minha frente, só uma conversa no meio de tantas outras que se propagam pelo ar, como é bom… mas nem assim… nem assim consigo privacidade, mas nos últimos tempos, foi o mais próximo que consegui de uma conversa decente…

Definitivamente sou estranho, incompreendido, um triste solitário que anda pelo meio da multidão… mas sinceramente, a quem é que isso importa? Nem eu consigo perceber o que escrevo, quanto mais alguém que só me conheceu uns minutos… (mas que se calhar, me conheceu como pouca gente teve o privilegio de me conhecer, sem máscaras….)

7.5.07


Einstein um dia escreveu a sua teoria da relatividade (algo relacionado, entre outras coisas, com o tempo ser a 4ª dimensão, e ter representação física, para ele era o género de uma rede invisível que era deformável, ou coisa do género). A minha teoria da relatividade já foi experimentada, já a senti , já a vi e vivi… Aquelas conversas sobre o passado, que de um momento para o outro se tornavam discussões…. (já suspirei umas 20 vezes só de pensar, sem conseguir escrever uma única letra no teclado…)

Lembras-te? Eu lembro-me, o tempo parava, a discussão aumentava, os olhares acentuavam-se, os gestos aceleravam, o desejo acumulava…. E de repente já não estamos a discutir, já não estamos sequer a falar, os corpos calaram-se, a mente voltou a altura em que éramos felizes, o tempo voltou atrás, provavelmente movido pela força de explosão de desejo ter libertado mais energia que certas bombas derivadas de outras teorias, a energia suficiente para dobrar a rede do tempo naquele espaço em que nos encontrava-mos e para por breves instantes sermos felizes como no passado…

O ser humano julga poder controlar tudo, mas no fim? Bem, no fim ele é que é dominado por ele mesmo… e tudo o resto passa a inexplicável aos olhos de duas pessoas… acho que nem os maiores cientistas, conseguem definir os sentimentos…. Talvez um dia suja uma teoria… mas pensado melhor, para quê?

4.4.07


Adoro conhecer pessoas, é das coisas que mais prazer me dá na vida, mas tu, que estás a entrar na minha vida aos pouco, ainda não te conheço…

A melhor maneira que conheço para conhecer alguém baseia-se num sistema bastante simples…. uma mesa de café, uma conversa sobre tudo e nada, observo as mascaras, catalogo-as, tento ver o que está por baixo… não consigo, sei que não consigo ver o que importa, fico só com o superficial e uma grande ajuda; depois, uma conversa num local mais calmo, uma conversa só a dois, não perturbada por conceitos sociais, por olhares indiscretos, por pensamentos a pairarem no ar…

Só eu e tu, num local qualquer a falarmos, as máscaras do café somadas às que agora mostras, permitem-me conhecer o que tentas esconder, o teu verdadeiro eu…. Conheço-te…. Mas e se só existir uma das partes da conversa? Se não existir o café ou o momento sossegado? Bem, fico sem conhecer ninguém… Porque para mim, tudo isto é um jogo, às vezes um jogo de sedução até, e como em qualquer jogo, não vamos começar pelo fim, não vamos começar ao intervalo, ou interromper tudo ao intervalo… Temos que encaixar as peças na ordem em que elas devem ser encaixadas…

Conhecer-te? Talvez um dia….

30.3.07

Gostava que esta noite conseguisse dormir


São já muitas noites em que durmo acordado, ou que vivo a sonhar. Preciso de uma noite tranquila, de paz, sossego, sem sonho nem pesadelo, preciso da noite em que dormia sossegado no berço, em que a fome de pele me era saciada, em que eu era eu, o mundo era eu uma casa e a família…. Aqueles pequenos instantes…. Mas crescemos, o mundo cresce connosco, e de repente o dia fica mais curto, a noite alonga-se, o sonho diminui, a vida continua igual, os olhos fecham-se na mesma, mas já não se fecham para dormir, fecham-se para beijar, fecham-se para pensar, fecham-se para descansar…

É já tarde, a fome de pele assola-me a alma, os olhos querem descansar num beijo, para evitarem o pensar de uma noite de descanso, sozinho, numa cama fria, em que a pele se torna frágil, vulnerável, e em que todo o meu corpo grita no silencio do escuro por um corpo que o aqueça, um corpo capaz de saciar a sua fome de pele….

26.3.07




Mata-me

Deita-me num qualquer altar, pode ser a tua cama, beija-me, sussurra-me ao ouvido “Quero-te”
Aí estas tu, aqui estou eu, a sentir cada um dos espinhos que me rasgam a pele, que me ferem o coração, piores que punhais, os espinhos da Rosa que és…. Rosa não de nome mas de beleza, espinhos não dos que picam, mas dos que matam… Matam-me o ser, deixam-me a alma, deixam-na a sangrar, mas deixam-na…. Ela não foge, mas é como se fugisse…. Eu não quero, mas ela não me deixa querer….
E assim, bem, um dia todos temos que morrer….
E a morrer, ao menos que seja a morrer, do doce veneno… infligido pelo espinho de uma rosa….

16.3.07

Foz, Porto 15:50


14/03/2007

Como seria bom conseguir pensar, nem que fosse só por um instante apenas, pensar em alguma coisa que não fosse em ti, no quase tudo que fomos e no nada que somos.
Dizem que o Homem é um ser racional, tretas... tretas e mais tretas... a única pessoa que fez uma descrição decente de mim enquanto parte da Humanidade, não a fez para um todo, restringiu-a a um grupo , ao dos Poetas (todos podemos ser poetas, não é preciso fazer versos... basta olhar o mundo com um olhar diferente), que falta fazes F. Pessoa....

“Autopsicografia"

"O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda Gira,
a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração. "

Na realidade toda a Humanidade pensam em determinada altura da vida, aquela altura em que não sabem o que é o Amor, em que não sabem o que é a Paixão e em que o Sexo não é mais do que uma ilusão...


Conheci a Paixão, o Amor, o Sexo ( os dois primeiros com algumas (x), o último com algumas(x) menos (-) a maior parte (y)) .


Hoje, dou por mim, sozinho, a pensar em nada, no nada que para mim é o tudo, enquanto o mundo caminha á minha volta... Tudo se resume a uma equação....


O meu Mundo...


A minha vida...

Tudo é equivalente (=) a:


Vida (=) x – y = Solidão

11.3.07


Se eu morresse hoje, o que é que tu me dirias amanha?

6.3.07


Sobe o pano, o palhaço entra calmamente, ainda a chorar por dentro, sorri para o publico, faz umas palhaçadas... acaba o seu trabalho recolhe os sorrisos da platéia guarda-os no bolso, as palmas ficam a entoar por um bocado na memória...
Chegas ao teu camarim, uma estrela a porta, o teu nome, as palmas ainda se ouvem (mas já não são aquelas que eram tuas, são as de outro alguém), abres a porta, entras, sentas-te, olhas-te ao espelho.... Tiras a maquilhagem e ainda choras, as lagrimas ajudaram-te no processo.... Voltas a ser tu não és mais o palhaço, não és mais um sorriso, és tu, pensas nela, pensas na vida, e por fim? Bem, o pano da vida fechou-se naquele momento, o teu eterno palco fechou-se, pegas na arma e... já não és mais quem foste... a cortina desce com o teu caixão...
Muitos ainda riem, muitos ainda choram, mas porque nunca ninguém chorou? Porque nunca ninguém riu? Porque ninguém fez isso contigo antes do cair do pano?

25.2.07


Sou uma ilusão do que sou, não sou este nem aquele, sou o outro. Nunca ninguém me conheceu, nem quero que ninguém me conheça, sou aquele rapaz solitário, triste e imaginário, sou o que caminha pelas trevas quando há sol, e o que vai para a praia quando chove... Sou o contrário do que alguma vez ás de gostar, sou tudo o que não queres sonhar...


Sou como aquele espermatozóide que da vida a uma nova vida, só um de milhões consegue entrar.... só deixarei uma pessoa penetrar no meu ser, saber quem sou... talvez seja preciso amar, talvez precise de voltar a beijar, tu definitivamente precisas de me beijar... eu apenas quero que penetres no meu fundo, que sejas aquela que de olhos fechados no nada consegues saber a minha latitude, longitude, altitude, estado de espírito, desejo e olhar.....


Quero amar, mas quem? Esta aquela, a outra, todas e ninguém? Ou talvez precise de me amar a mim mesmo, numa solitária paixão como a minha alma, uma paixão de ilusão....

22.2.07

Um segundo



Olho á minha volta, vejo uma multidão de caras sorridentes, cansadas, transpiradas, sedentas de amores, ávidas de sexo...
Não gosto de templos nocturnos, não gosto destes templos modernos, em que se adoram corpos distorcidos, devido a um qualquer copo de vidro fosco, ou de um qualquer plástico resistente, todo o pensamento do mundo alí, naquele breve curto espaço, uma centena de pessoas a contemplarem-se, uns olhos, umas mãos, umas mámas, uns cús.... Tudo resumido a umas breves horas de diversao com uns corpos alheios atravez do olhar, do sentir e do tocar... Ao que chegamos... Uma hora de prazer.... duas... três... é bom.... mas não chega....

Ainda não percebes que na vida, não contemplas o artifício, não consegues ver a vida pelo copo, e o importante não são duas, três ou quatro horas de prazer, mas o prazer que tens no segundo em que aquele olhar se troca, e logo nesse momento sentes aquele turbilhão de emoções, que para as descrever precisaria de muito mais tempo do que para as sentir..... um segundo....

14.2.07


Há aqueles dias em que só vemos corações a frente, vemos a felicidade estampada no rosto dos outros, hoje foi um dia assim… mas acho que foi só apenas e exclusivamente por ser dia dos namorados…
Porque não ser dia dos namorados todos os dias para quem namora? O ano passado por esta altura, estava a estudar para um exame qualquer no quarto de alguém muito especial, alguém que me deu forças, que me ajudou a evoluir, alguém que simplesmente me fez bem… mas também não era ela, também não foi ela, também não fomos nós e acabou como tantas outras coisas… Fiquei sozinho, e acho que desde essa altura nunca mais namorei, estou sozinho á cerca de um ano, vou encontrando alguém com quem posso passar umas horas, uns dias, nada mais que isso, sinto-me a morrer por dentro, a gritar incessantemente por alguém, por ela, por aquela que não conheço, e por aquela que conheço mas que ainda não sei olhar para ela como mais que amiga….
Sim, encontrei pessoas que foram especiais, pessoas por quem eu seria capaz de me apaixonar ainda mais do que me apaixonei, pessoas que me usaram e deitaram fora, pessoas com quem eu gostaria de passar mais tempo, mostrar que estou mudado, e que ainda poderia mudar um pouco mais, mas só para essa pessoa…. Tu sabes quem és, o que és e o que foste para mim… lembras-te daquela musica “será”? Lembras-te da carta que me escreves-te e me entregas-te e me pediste para ler quando chegasse a casa? Não aguentei tanto, andei 100 m e parei para ler, confesso que chorei, porque gostava muito de ti, e ainda hoje não percebi o que aconteceu naquele momento, e o que me esta a acontecer agora para te estar a escrever isto…

11.2.07


Caminho por entre ruas desertas procurando mais um copo de prazer…
Bebo um copo aqui, outro por ali, bebo ate cair para o lado, ate não sentir o que o mundo é e me afastar completamente de todos os moralismos imorais da sociedade, bebo ate não ser a mascara que me constrói, bebo por tudo e por nada….
Chamem-me bêbado, chamem-me alcoólico, mas pelo menos quando bebo deixo de ser anónimo, passo a ser eu…

3.2.07

RIP Nightwishes (screamingnight)


Vou deixar de escrever neste blog, este será o ultimo texto presente aqui, mudarei para um qualquer sitio, provavelmente instalado no disco rígido do meu computador, ou numa qualquer prateleira poeirenta do meu móvel. Não consigo escrever nem mais um texto para alguém especial, não consigo mais divagar sobre nada.

Apenas quero que quem me compreenda leia os meus textos, e não qualquer pessoa que julgue saber o que é sentir o que eu sinto, porque muita pouca gente sabe…

Agradeço a todas aquelas que me inspiraram para escrever estes textos, vou só por a primeira letra de cada nome das principais, porque elas sabem quem foram e são:

V

E

C

C

C

M

S

Z

D

A

E

T

A

N

E um agradecimento por ser quem sou a uma pessoa que já não pode ouvir um obrigado… a ti Mãe…


PS: Desta vez é mesmo definitivo.... so deixo o blog na rede, porque não faz sentido mudar o passado....

8.1.07


O mundo abandonou-me, ou eu fui-o abandonando, já não sei, começou tudo já faz tanto tempo, que já nem me lembro de quem eu era na altura, e hoje já não sei quem sou… quem conheço…. quem conheci…. A única certeza que tenho é que não há certezas, e que tudo nos foge das mãos como grãos de areia numa tarde com uma leve brisa, e se vai espelhando e misturando com o resto, logo que as coisas nos fogem das mãos já nem as reconhecemos no meio de tantas outras, foi mais alguma coisa que o vento levou… A minha vida está espalhada pelo mundo que todos conhecem, mas só eu é que ainda vou retendo alguns grãos como recordação, aqueles grãos que se colam ás minhas mãos, que ficam no meu mundo, e que não voam com o vento. Pelo menos era assim que pensava, até ver que mesmo esses grãos voam, se eu não os proteger….
Estou farto, farto de aprender sempre da pior maneira, de estar sempre à espera que tudo corra bem, de me entregar, de viver, de estar sempre lá, de ser sempre aquele grão de areia que cola ás mãos, por muitas mãos…. Mas apesar de estar nas mãos de muita gente, ninguém ficou nas minhas….

Estou só, e só me apetece voar com o vento, juntar-me aos outros grãos que ainda não conheço, e ficar ali abandonando até que alguma mão queira que eu fique ali, mais um pouco de tempo, e que nem o vento me consiga levar…

6.1.07


Quero chegar á montanha, subir pedra a pedra a íngreme encosta, parar para apreciar a paisagem, ir conhecendo todos aqueles que se cruzarem no meu caminho, ficar com alguns um bocado de tempo, deixar outros acompanhar-me na minha viagem, deixa-los quando eles já não se sentirem tão entusiasmados como eu…
Neste percurso, que sei que vai demorar, nunca irei descansar até alcançar o cume, sentar-me nele escrever um texto sobre tudo o que se passou na estranha e longa caminhada, e depois procurarei um abismo com vista para as sombras, onde fique para sempre a cair de olhos fechados e de costas viradas para a longa caminhada.

E se alguém perguntar quem eu fui, bem, leiam-lhe uma tenebrosa historia de amor, que alguém acabou de escrever sentado no ponto mais alto de uma montanha chamada vida.

31.12.06



Tu minha musa de mil encantos, Tu que nem o nome consigo pronunciar, tens sido tu a minha razão para a abstenção de escrita por que tenho passado, não por falta de inspiração, mas por pela primeira vez ter que calar as palavras para poder um dia escrever só para ti… Para poder dizer verdadeiramente o que significas, o que és, num texto tal que meia dúzia de palavras escritas pelo silencio dos pensamentos bastarão para simbolizar o meu sentir…

25.12.06

ressaca de desejos (post Nº100)


Dor



Cada dia que passa sinto mais perto a existência de um mundo longe deste, um mundo para onde possa partir e viver em completa solidão, rodeado de sonhos, onde me possa alimentar de esperanças, saciar a minha sede nos desejos, e a noitinha dormir enrolado numa manta de ternura….
Sinto-o perto, sei que já estive a meros dias ou horas de embarcar para esse mundo, só que por acasos do destino, por estupidez minha provavelmente também, deixo sempre o barco partir, nunca embarco, espero sempre por um que chegue lá garantidamente, que não passe por outros mundos, que não corra o risco de se estragar a meio, que seja belo, e simpático…
E mesmo assim, só esperando um barco, para um mundo qualquer solitário, qual replica deste, choro e grito, mas não escrevo, porque se tudo é tão solitário, para quem estarei a escrever?



PS: Imagem da autoria da Patricia Lino autora do blog Trapezista sem rede, ao lado nos links....

19.12.06



18.12.06

....


Tenho saudades, não sei do que ou de quem, mas não preciso de as definir para as sentir, sinto saudades de tempos idos, tempos que já foram, tempos em que fui feliz, tempos em que vivia… Hoje em dia sobrevivo, e anseio por um dia com a chuva a cair, o cheiro a terra molhada das primeiras chuvas, um céu cinzento, um frio de rachar, e que o meu pobre coração não sinta saudades, daquela criança, que quer fizesse chuva quer fizesse sol, se ria, e não sentia saudades de nada…

27.11.06


A minha alma fugiu, por uns momentos parecia que acreditava outra vez em coisas que nunca pensei voltar a acreditar…. mas neste Mundo tudo é frio, por isso não acredito em nada, apenas naquele momento acreditei, sim acreditei que podia ressuscitar aquele friozinho no estômago, aquelas náuseas de prazer, umas mão a tremer, e tudo isto sem pensar, ou a evitar pensar, só o sentir importa e a alma assiste calada, a deliciar-se com um sorriso de criança num corpo de velho… É bom sentirmo-nos crianças mesmo com 80 anos (lembras-te da nossa discussão sobre isto?), vivermos, deixar-mos viver, por uns momentos sermos e não apenas estarmos… Sentirmos e não fugirmos, Beijarmo-nos mas não nos arrepender-mos, abraçarmo-nos e termos vontade que aquele momento durasse eternamente, “ou um pouco mais se puder ser, ou até mesmo se não puder”…
Uma noite pode bastar para unir duas pessoas, como um olhar me serve tão bem para te conhecer como muitos poucos te conhecem, para te beijar como ninguém te beijou (sim, porque um beijo não começa nos lábios, começa num olhar de olhos fechados, em que vemos tudo na mais profunda escuridão). Tudo se passou num olhar e numa conversa com vários temas, temas que não fariam sentido para outras pessoas, mas que para nós foram o inicio de algo, foram os temas mais estúpidos, menos apropriados, mais estranhos, mas eu sou estranho, e se fosse tudo como as regras mandam… bem, não faria sentido, ou faria?
Talvez agora sinta ainda mais aquelas horas, porque passaram muitas mais horas desde então, mas recordo cada momento, cada toque, cada olhar, cada frase que a boca não disse na ânsia de um beijo, mas que os olhares perceberam… lembro-me do teu cheiro, e do teu toque…. e hoje sei, que foram das melhores horas da minha vida, por tudo e por nada, mas quem sabe, o relógio continue a marcar mais horas…

24.11.06



13.11.06


Apaixonar-me é a coisa mais fácil que existe no mundo para mim. Um sorriso basta, ás vezes até uma discussão daquelas acesas com vários palavrões pelo meio… (como diria Einstein “Tudo é relativo”)
Mas o que vos quero dizer neste texto não é sobre as varias maneiras como me apaixonei até hoje, mas sim sobre a facilidade com que me apaixono, como consigo pegar na mais estranha e desconhecida rapariga, e me apaixonar por todas as razões e por nenhumas, e também explicar como é que algumas conseguem ficar mais tempo do que outras, como me conseguem manter apaixonado, ou até evoluir para algo mais que paixão….
Vou partir do principio que quem estiver a ler isto não me conhece minimamente (eu ainda não me conheço), assim em jeito de resumo, já beijei mais de meia centena de raparigas, já estive em fases avançadas de preliminares com mais de trinta, e fiz sexo com algumas raparigas e amor com 3… Vou agora iniciar o texto que quero escrever…
A Paixão já me levou a fazer coisas que nem todo eu queria, acho mesmo que a maior parte dos beijos que dei até hoje foram de paixão, poucos foram de Amor, tudo derivado ao meu coração incontrolável (metáfora para definir sentimentos galopantes e descontrolados que a todo o custo teimam em não para de se fazer sentir, como o meu coração ainda não deixou de bater (quem sabe um dia)), que teimam sempre em bater ao primeiro impulso positivo que recebe de alguém do sexo oposto. É fácil, tão fácil viver apaixonado, por esta por aquela e por ninguém ao mesmo tempo. Aí aqueles cabelos, aquela mãos, aquele olhar, aquele sorriso, aquelas palavras que vociferas no silencio, aqueles momentos pela noite roubados ao tempo, as piadas, o toque, as massagens… É por estas coisas todas que me apaixono, por estas e por muitas mais, pena é não provirem todas da mesma pessoa, foram bocadinhos que fui arranjando, acho que para ter a mulher perfeita para montar em puzzle, para fazer uma equação matemática que utilizado varias incógnitas e substituindo-as posteriormente por cada uma destas pequeninas coisas roubadas aos poucos aqui e ali, me desse a incógnita final denominada gentilmente por, Rs (Rapariga de Sonho)…
Imaginem como é que alguém como eu pode estar a espera disso, não espero, mas apenas acho que enquanto não encontro alguém por quem me posso apaixonar, enamorar e dedicar, bem, vou somando mais umas quantas incógnitas a minha longa equação baseada em paixões para depois integrar e ter o Amor…

Até lá… bem, vou me dedicar a escrita, que as contas atormentam muito a minha cabeça…


As velas ardem lentamente, ao sabor da musica, o cigarro vai-se consumindo mais apressadamente, ajudando-me no meu caminho para a eterna certeza… Penso em ti, nos poucos pedaços de momentos que estivemos juntos… olho para o teclado as teclas parecem de um piano e á medida que escrevo, a musica toma o ritmo destas palavras… a tua cara volta a pairar no ar deste quarto cheio de fumo e de sentimentos, cheira a um qualquer café, este quarto, como um qualquer café em que nos sentamos a conversar, até isto me lembra de ti…
Que fizeste tu? Deste-me aquela vontade de Amar, aquela vontade de fazer esta paixão perdurar… Neste momento só existe um problema, também não é assim tão grande o problema, apenas se resume a: não sei quem tu és, se te conheço, ou se ainda te vou conhecer, se já senti os teu lábios, se já apertei as tuas mãos, se já saboreei o teu cheiro ou se já bebi das tuas palavras… Mas o que é que isso importa? Estou apaixonado, Amo-te, se não sei quem és, isso é o menor dos meus problemas… Pela primeira vez em muito tempo, estou Feliz, melancolicamente feliz, porque parte da tristeza PASSOU, e tu foste a razão para isso acontecer…


Só quero mais uma razão para um sorriso…


….. diz-me quem és por favor…

3.11.06


“Em nome do Santíssimo Tricórnio, do Espírito do Padrão
e dos Ritos da Praxe, que firmemente respeito, declaro esta
Trupe Formada.” ( mal posso esperar por ouvir estas palavras...)

Holy Grail


Sinto teus lábios gélidos tocarem nos meus…
Aquela réstia de veneno apodera-se de mim, por instantes sinto que vou ficar como tu, que vou sentir-me teu, mas rapidamente sinto que não e suficiente aquele breve veneno, que preciso de mais, que quero mais, que te desejo mais…
Petrificas-te a minha alma, com os teus lábios que me deram a provar o doce veneno, veneno por inteiro mas a conta gotas saboreado, nunca beberei pelo cálice da morte que a poucos dás a provar, nunca terei a minha sede saciada só por te beijar, o cálice reservado apenas aqueles que Amas, eu apenas sou alguém mais, alguém que vai bebendo as réstias de sangue do cálice que bebeste antes de me beijar….
Quero mais, não quero beber pelos teus lábios gélidos, não quero saborear o veneno pela metade, quero morrer de uma vez, quero… Mas tu recusas, achas que ainda não é o momento, e brevemente acharas que não é a pessoa indicada para beber do cálice…
Sou impaciente, quero possuir-te de uma vez, provar o teu veneno, dar-te a provar do meu, partilharmos os cálices, derretermo-los a seguir, e fundirmos os nossos venenos no nosso cálice que outrora foi dois…

21.10.06

A coisa mais bela que vi até hoje

Olho-me ao espelho, ali estão aquelas imagens daquilo por que me apaixonei…

Olho-me por dentro, para a minha alma, e vejo tudo o que amo…

Muitos dirão depois destas simples frases que me apixonei por mim mesmo, e até certo ponto é verdade, porque aquilo que acho belo no espelho são as marcas no meu corpo, as historias que cada uma conta, todas as evoluções que tive, todas as paixões por que passei… E a alma quando a olho, cicatriz a cicatriz, remendo a remendo, vejo todas as pessoas que foram completando o puzzle, colocando peças no sitio, neste enorme labirinto inacabado, porque dia a dia, até ao dia em que saborearei a terra, vão haver sempre peças para encaixar. Umas boas, outras más, mas alguém se encorrega sempre de ajudar o enorme labirinto da minha alma a ficar mais belo….


NB: Em dias como este mais vale recordar o passado, e o quão belo foi….
A coisa mais bela que vi até hoje


8.10.06

Morte em dois tempos




Tenho o álcool a correr-me nas veias… O meu ser interior está liberto, as mascaras caíram, o meu coração está prestes a ser autopsiado e o relatório da autopsia está neste preciso momento prestes a ser publicado.
Morreu de Amor, tanto Amor que continha sem nenhum objecto a que se dedicar, sem uns lábio para beijar, fizeram o pobre coração transbordar. Esperava-se que o mesmo estivesse enegrecido, rigido, e sem sangue para jorrar, quando o abrimos, vimos que o sangue saltou, e com ele ouviu-se como que uma voz a gritar: “eu só quero Amar”…
Esta, aquela, e a outra talvez… Amar todas e não Amar ninguém, é para isto que este coração nasceu, para chorar de tanto dar, pró sofrer por não receber… pra morrer por não te ter…

O coração morreu… há alguém que perceba de reanimação?

1.10.06

Texto disperso.... (White horse)


Aquela vontade chega…

.. tu não chegas, mas a vontade chegou…. Chegou, viu e ficou…. A vontade de Amar, de beijar e desejar…

Tudo chega, tudo parte, nesta minha cidade, a cidade a que gosto de chamar Paixão…

Aaaaaaaaaaiii(suspiro)….

Como é fácil apaixonar-me, uns olhos, um gesto, um sorriso, um tocar… umas palavras perdidas no tempo… mais um toque, desta vez de lábios….

Tudo é tão simples… tudo é tão bom… tudo é tão fugaz…

Tudo quando começa é bom, é estranho, é diferente, mesmo depois de já se ter cumprido a rotina mais de umas 50 vezes… sempre com pessoas diferentes, algumas com direito a replay…


Estou cansado desta rotina, estão cansado de seduzir e não ser seduzido, estou cansado da espécie feminina comodista, medrosa, e aproveitadora….
Há uns tempos diziam-me que os homens gostavam de usar e deitar fora… (Sim era verdade, eu próprio fui um deles… uma e outra vez, até atingir a rotina do casaco…) Mas cada vez mais vejo-as interessadas no comer e deitar fora, num momento magico, romântico, por umas horas, uns dias, uns meses…

Quem me dera arranjar uma sonhadora, inconformada que ainda acredita naquele romantismo do príncipe num cavalo branco…


Mas atenção, os cavalos brancos estão em vias de extinsão…

28.9.06


Abraça-me e enxuga as tuas lágrimas de sangue na minha negra alma…

Umas lágrimas de sangue que caem pela tua face marcada por tantas amarguras, lágrimas que se deixam reflectir em cada gota… em cada traço do teu rosto…
A minha alma sente cada uma a cair, mesma que os outros pareçam não as ver, mesmo que não as vejam de todo, eu sinto-as… uma a uma…
Porque e que tanta gente não sente, não compreende que choras mesmo quando sorris, que estas triste mesmo quando dizes estar feliz, que estas a morrer, quando dizes que queres viver… Eu sei que és infeliz, sei que estas cada vez a morrer mais, cada vez mais longe do plano que arquitectaste para ti… Foges do mundo, na esperança que aquele teu mundo se vá criando dentro de ti, que seja só teu, quando aquela oportunidade surgir... Não esperes por esse pedacinho de felicidade, não esperes pelo acaso, não sejas infeliz, vive, sorri, ama…

E por favor, nunca te esqueças que vou estar sempre aqui, com a minha alma a enxugar essas lágrimas de sangue que choras sem ninguém ver…

11.9.06

Abismo...


Anda, da mais um passo…

… não desistas agora…

… confias em mim?...

… mantém os olhos fechados só mais uns segundos…

…o meu coração bate, morto de ódio, petrificado de raiva, embriagado de amor. Será que o sentes? Será que sabes o meu passado…. Será que o compreendes?
Confia em mim, as minhas mascaras ainda não caíram todas…. Tu apenas estas a ver aquelas mascaras que pouca gente vê, ainda estas a sentir o que a maior parte sente quando me tenta conhecer… Agora pergunto-te, queres ir mais fundo? Mergulhar na escuridão do teu ser, abraçar-me no salto do abismo?


… abre os olhos…

… Estás a beira do abismo, uma imagem de fim de mundo, passa-te pelos breves instantes que abres os olhos, tens uma enorme vontade de voltar a fechar os olhos, de olhares para a paisagem que tens atrás de ti…

… será que vais dar o beneficio da duvida quando te pedir para saltares comigo?...

… dá-me a mão, aperta-ma com todas as tuas forças…

… Peço-te, salta comigo, vai aonde muitos corações foram, onde muito poucas almas desceram de mão dada comigo. Aquele lugar cheio de mascaras partidas….

Estou a mostra-te a porta para o meu mundo, ela não se vê muitas vezes, poucos podem lá entrar, será que vais saltar?

9.9.06

Playboy


Digam-me sinceramente, quantas raparigas me acham um playboy em iniciação, sei que muitas me acham, sei que até já o fui, sei que podia continuar a ser…
Fui ao dicionário ver a definição deste titulo que me atribuem e que é difícil de apagar… Lá vinha escrito: “Homem geralmente jovem, rico e sedutor, que se entrega aos prazeres da vida mundana”… A parte do Homem não posso discordar, a do rico discordo completamente e a parte do sedutor anda a passar a sua pior fase… Mas o que é facto é que posso falar muito sobre os prazeres da vida mundana…
Sou um playboy, adoro viver a vida, adoro a minha liberdade, conhecer pessoas, elevar os momentos ao extremo, sugar tudo o que aquele instante me pode oferecer, tudo o que posso aprender, tudo o que posso provocar, adoro, simplesmente adoro… mas nunca o disse que tinha que precisava de varias pessoas para agir desta maneira… já tive varias pessoas, já provoquei varias pessoas, já dormi com varias pessoas, já beijei inúmeras pessoas… mas trocava tudo, mas mesmo tudo, por um beijo, um simples beijo que me desse a entender que estarias sempre lá, que não precisaria de ir arranjando alguém… Um beijo que me permitisse ser o playboy, mas o playboy só teu…

5.9.06


Quem és tu?
Apareces-te na minha vida para retirar as certezas, das minhas teorias… Fizeste-me perder a capacidade de raciocínio, fizeste-me perder aquela capacidade que tenho de passar para o papel o que sinto daquela maneira que faço… Não consigo falar de ti… Não consigo deixar de pensar em ti, não quero deixar de pensar em ti, não quero deixar de te sentir… Uma outra qualquer teria direito a um texto sobre ela, um breve momento num papel que descrevesse todas as minhas emoções. Mas quando penso em ti, nada me sai para o papel, nada quer sair, tudo fica guardado, tudo fica mais em mim, como se fosse daqueles sentimentos profundos, que não gostamos de partilhar sem ser a dois…
Sinto-me diferente quando tu estas por perto, tenho uma enorme necessidade de romantismo, de toque, de palavras doces… Peço-te desculpa por ainda não estar preparado para estar a escrever um texto sobre ti, sobre o que sinto, sobre o que tu me provocas, mas não quero, não consigo… Acho que não passa de medo de não conseguir descrever o que me corre nas veias, de não ser suficientemente belo… Tenho medo de que tu não sintas o mesmo, que não queiras que sinta…
És das primeiras raparigas que me põe sem escrever, muitas me inspiravam, me faziam escrever, me faziam pensar, mas quantas me puseram a sentir desta maneira que me põe incapaz de gritar no papel o que sinto?
TU andas perdida numa estrada, eu ando a vaguear por outra, os nosso caminhos cruzaram-se, aproximaram-se e tenho medo que se afastem devido aos sentimentos que me guiam por esta mesma estrada… Tenho medo de me apressar, tenho medo de deixar passar a oportunidade, o momento…
Desculpa, mas tu deixas-te num estado de sorrisos estúpidos, de sorrisos infantis… Porquê? Que me fizeste tu para eu sentir tanto em tão pouco? Ainda não percebi o que se está a passar nessa tua cabecinha, mas juro, que se for o mesmo que se anda a passar na minha… prometo que o próximo texto será só para ti…

30.8.06


Há dias em que tudo nos parece corre mal, dias em que mais valia não sair da cama apesar de parecer o dia todo que estamos a acabar de sair de lá, mesmo passadas mais de 10h desse tal momento…
Hoje foi um dia desses, até as 18h, quando de repente vi um pop up no meu computador, eras tu, aquela rapariga que me tinha prometido mais um café um dia destes, que me tinha prometido, e que ainda não tinha cumprido, e sinceramente não pensei que assim tão cedo cumprisse. Começamos a conversar e logo te convidei para um café, tu falaste em cinema… bem, juntei as duas ideias, passei por tua casa (depois de arranjar um cd e me mentalizar que finalmente iria voltar a estar contigo, sozinho contigo, os dois a conversar, os dois a tentarmos ser só amigos…. Não custou assim tanto pois não? Da minha parte foi fácil, o teu sorriso, o toque da tua pele, as tuas palavras, tudo era fácil para os dois lados, nada de complicar uma noite perfeita com uma amiga, algo que sempre teimei em fazer com varias, algo que sempre gostei e sei que elas também gostavam… Mas mudei, já não sou quem era, talvez um pouco, nunca deixamos completamente de ser algo que já fomos, não acredito na mudança total, não acredito nos Homens, apenas acredito em mim, e posso garantir que se este café fosse naquelas alturas que mos recusas-te teria estragado tudo com a intenção de um beijo que não iria ser dado, mas a simples intenção era o quanto bastaria para estragar tudo…
Um beijo por dar, e tanta coisa a ganhar…. Aí como tudo pode mudar com um beijo… Tanto pode acontecer a partir daquele simples gesto… e contudo, tanto mais acontece sem ele…
Vou deixar de beijar, até que me apeteça realmente arriscar um beijo, por mais uma conversa….

P.S.: Obrigado por seres uma das minhas musas....

26.8.06


Um noite solitária, no meio de tantas outras sepultadas no meu sentir.
Uma noite em que o negro corvo volta a pairar no meu imaginário, sobrevoa a minha alma, aproxima-se de mim e espetando o bico nas minhas veias, vem beber o elixir da vida… Bebe pequenino, bebe, se te anima a alma, e te da forças para continuar, suga ate á minha ultima gota de vida deixar de correr nas minhas veias, suga-me ate os meus lábios ficarem roxos, ate aos meus olhos se revirarem, ate as minhas mãos ficarem a pender, e o fraco respirar deixar de se sentir…
Tira-me tudo o que tenho, pois não sou mais do que sangue, nem menos do que sonhos….
Tirando-me a minha ultima gota de sangue, ficarei para sempre no sonho…

7.8.06

Sabem aqueles dias em que nos sentimos inúteis, frustrados, que foi apenas mais um sucessão de segundos que formaram horas e minutos, e que por fim, todos esses pequenos segundos resumiram-se a uma mudança na data. Hoje sinto que o dia passou, não fiz nada de nada, sinto-me impotente perante esta realidade, tudo o que queria era mais uma noite como a de sexta, como a de sábado… esses sim foram uns dias preenchidos de boas noites… de momentos, de conversas, de risos, de gritos…
Penso nisto e cada vez mais sinto a tua falta aqui nesta pequena cidade, que tu engrandecias com as tuas palavras, gestos, sorrisos… Estas longe, a minha vida resume-se agora a uma série de momentos ocasionais, que só me duram umas horas, como uma qualquer droga fraca, ou então da facilidade com que obtenho esses momentos. Os momentos que passamos eram diferentes, eram especiais, davam-me o que queria por mais um tempo, sentia-me realizado… Sentia-me mais perto de um objectivo…
Estas longe, os segundos passam, mas ainda passaram tão poucos…

2.8.06

Happy Birthday...


Por todo o pouco tempo que passamos juntos, mas que tomou um significado especial. Pelo pouco que me aturas-te mas que visto bem ainda foi mais do que muita gente já me aturou, pelos sentimentos que me trouxeste, pelas tristezas que me deste, pelo sorriso que me deixas-te, pelo toque que me marcas-te, pelos beijos que me deste, pelo sentir com que fiquei, pela lição que me deste… por tudo e por nada, obrigado.
És alguém com que sabe bem passar o tempo, com quem vale a pena falar, só é pena fugires, não ligares, deixares andar, tens que ter mais garra, acreditar mais em ti, não quereres sentir e fugir, sentir e fugir… eu já senti, já fugi, já o fiz tantas vezes que lhe perdi a conta, ainda o faço é certo, mas aprendi muita coisa com isso, como também sei que vais aprender, mas também te vais magoar muito. Digo-te isto por sentir que tens uma mentalidade parecida com a minha, quando ainda era novo, até parece que sou velho, vivia a vida com uma intensidade vertiginosa, sentia até onde podia sentir, dava-me até onde me podia dar, e sofria como nunca julguei sofrer pelos sentimentos que deixava nas outras pessoas…
Tudo o que fazemos interage em cadeia com o nosso mundo, pode ser bom, pode ser mau, pode ser bom e ficar mau, e pode ter sido mau e ficar bom… mas isso não sou eu que te vou dizer como descobres… Vive, e daqui a um ano temos uma conversa sobre o que sentiste…
Parabéns… és muito especial linda….

Beijos…

1.8.06

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Olho aquela estrela cintilante que me prende o olhar mesmo a milhares de anos luz de mim, não sei o que ela tem de tão especial para me prender, mas prende-me, não sei o que ela tem de tão brilhante para ser a única que me prende mas prende, não sei o que ela prende para além de mim, mas prede-me.
Como tudo na vida ás vezes sentimo-nos presos a algo, a alguém, e sentimo-nos bem mesmo estando presos, porque a prisão não implica a falta de liberdade, pelo contrario faz-nos sermos mais nós, faz-nos viver mais, faz-nos sorrir, ou chorar, mas pelo menos faz-nos sentir, que é uma coisa que hoje em dia se vê pouco, sentimentos. Sinto-me preso a ti, sinto o meu pensamento limitado ao teu ser, á tua alma, os meus pés acorrentados a umas bolas de um metal negro, as minhas mão livres para pegar no alimento que me vão dando, não consigo sair daqui, por favor não me tires da prisão, mas troca as bolas de metal negro, pela tua alma acorrenta a mim, enquanto esta cela chegar para acolher o nosso sentimento. E quando não chegar? Bem ai teremos que quebrar as correntes, irmos para a liberdade, e aprendermos uma nova palavra: Confiança….

27.7.06


Porque é que quando quero dizer alguma coisa, a tua beira nada me sai como eu quero? Aquela coisinha mais insignificante, não sai, quanto mais aquilo que te quero dizer, acho que não o digo porque quanto mais te conheço mais me deparo com a complexidade do teu ser, mais certezas tenho, mais sinto…. Sinto muito, mas não to consigo dizer, não era a melhor altura para to dizer, não é a melhor altura para sentir o que sinto, não sei ate se devia estar a sentir, mas o que me importa é que o sinto, e tenho certezas disso.
Perguntaste-me o qual era a certeza que tinha, e quantas mais certezas tenho mais inseguro me pões, não consigo ver no teu olhar, não consigo ver pela simples e única razão daquele sentimento a cegar-me.
As tuas mãos, a tua boca, toda a tua personalidade, tudo me fascina, tudo me provoca aquela emoção, tudo me da vontade de contar a toda a gente, menos a ti, porque lá no fundo os dois sabemos que tu sabes que eu sinto o que sinto, e se calhar é melhor não o dizer, para não estragar o que sentes…

26.7.06


Tirem-me tudo, despojem o meu ser, a minha alma, ponham-me vazio, ponham-me nu a caminhar descalço por uma interminável estrada sinuosa, com os meus pés a sangrarem ate o meu corpo já não ter sangue a correr nas veias… Tirem-me os sonhos, tirem-me os desejos, tirem-me as ideias…
Podem tirar-me tudo, podem ate tirar-me a mim próprio, só há uma coisa que nunca me conseguiram tirar, o Amor. O Amor é a chave da minha vida, não aquela chave que me abre as portas, mas que me prova que as portas existem, e que me faz acreditar que um dia atrás de uma porta, daquela que se abra com essa chave, vou encontrar o Amor… pena o corredor ser tão longo, e a procura cada vez se tornar mais ingrata, mas com a certeza da existencia daquela porta, o Amor da-me a vontade de continuar… O Amor não vence tudo, mas ajuda muito na luta, poruqe nos da algo em que acreditar, mesmo que não seja de todo verdade…

23.7.06

Supernada


Um concerto nos jardins do CCVF (Centro Cultural Vila Flor) ontem a noite fez-me pensar de mais, tanto que me embriaguei em pensamentos, tanto que parecia mesmo tar bêbado com umas quantas bebidas alcoólicas, estava estranho, sempre com as musicas a baterem-me na cabeça, e não só as que ouvi, precisava da musica a correr nas minhas veias. Contudo uma musica ou parte dela, dos Supernada o tal concerto que fui ver, ficou gravada mesmo aqui no meu coração, passou a palavras o que sinto, “EU amo-a mas preciso de saber porquê” e ainda da mesma musica “A minha vida vais ficando mais curta / E o meu desejo sempre a mudar”. O titulo desta musica é “anedota”, faz-me pensar em quantas anedotas a minha vida se divide, e quantas pessoas eu Amei sem saber porquê, e depois sinto a minha vida ficando mais curta com o desejo sempre a mudar.
È estranho Amar-te e não saber porquê, querer estar contigo sem um propósito em especial, querer beijar-te e sonhar contigo sem saber o porquê, e sem saber o porquê e não o conseguindo desvendar ainda me da mais vontade de o descobrir num sonho ao teu lado. Tu pões-me num estado de nervos que nem imaginas, o coração estremece, as mão tremem e a mente deixa de se questionar, deixa de mentir, porque no fundo eu sei porque te amo, simplesmente porque te amo e acho que isso e mais que suficiente para te amar…

21.7.06

ser diferente....


No meio da multidão caminho sozinho, errante e sem destino, tento ter um rumo olho para as placas mas não percebo o que lá está inscrito, o mundo definitivamente tem vontade própria e não fala a minha língua. Gira para lados diferente todos os dias, e a rotação só varia quando apenas precisava de mais uns segundos de rotação para alcançar os meus objectivos, gira, volta a girar, e assim ando eu no carrossel da vida, que no meu caso não da voltas, chega quase ao ponto de partida e volta a girar noutro sentido, fico no marasmo da banalidade, enquanto tento lutar para ser diferente, sei que o sou, só não sei em quê, e porque…
Gostava de ser diferente em muitas coisas, mas nas que eu realmente quero, apenas sou diferente no mais fácil que existe, o que não me contenta, sou diferente na maneira de vestir, na maneira de pensar, na maneira de sentir, de chorar, de rir, de viver, mas naquele aspecto em que queria ser diferente a minha maneira, sou-o da maneira mais fácil…. Desisto… e assim sou diferente, porque não me apetece lutar… mas a parir de agora vou ser diferente vou lutar pelo objectivo, porque quero ser diferente e não quero andar com 3 fitas de 2 cm….

18.7.06

Um cd qualquer...


Sabes aqueles momentos em que pegamos num cd qualquer, daqueles tempos em que ainda se compravam cd’s, e pomos a tocar uma velhinha musica que nos trás a memoria uma série de momentos vividos, uma série de momentos em que julgávamos estar em baixo, e muitas vezes hoje gostávamos de estar como naquela altura em que nos queixávamos dos problemas de então, problemas esses que hoje provavelmente se resolveriam facilmente de mil e uma maneiras até…
O tempo está sempre em constante mutação e nós mesmos mudamos, desejamos sempre mais, com algumas excepções como alguém disse, mas acho de das poucas excepções que limitam o ser humano a querer mais, são o cansaço e a vergonha principalmente. Todos temos vergonha de pedir mais, podemos ser mal interpretados, podemos passar do conforto do que temos para o nada, por pedirmos um bocadinho mais, e não arriscamos, ou então quando sabes que pode demorar, que podemos ter que lutar para ter só um pouquinho mais, não lutamos por medo de nos cansarmos…. Ou porque não aguentamos lutar mais, e o nosso braço fica estendido no braço de fero com o tempo.
Vou lutar, aos poucos para não ser vencido pelo cansaço, e não vou ter medo, porque basta aquele algo que já tive para não me assustar com a possibilidade do nada…

O meu pequeno e aconchegante complexo mundo


Deitei-me no vazio, fechei os olhos para contemplar tudo o que me envolvia, até me apeteceu suster a respiração eternamente para poder contemplar aquela perfeição de momento. As ideias passeiam diante do meu ser, e os sonhos brincam ás escondidas, acho até que o amor anda a brincar com eles também, pois já não o vejo desde que fechei os olhos para contemplar o meu mundo…
O meu mundo não é muito complicado, não é muito triste ao contrario do que muita gente pensa, não é melancólico e muito menos futurista, e mesmo que fosse, continuaria a ser perfeito no momento em que é o meu mundo, porque é o meu mundo, e é assim que gosto dele. Vai mudando, sonhos escondem-se e nunca mais os encontram, outros só gostam de brincar um pouco mais as escondidas, outros nunca se conseguem esconder, assim se passa também com os sentimentos mais intensos, como o amor, esconde-se, aparece, desaparece, volta com outra imagem, desaparece por meses, troca de identidade com a paixão só para não o reconhecer logo… Este meu mundo é muito meu, muito estranho, mas ajuda-me a ver o que se passa a minha volta e realmente deixa marca, o que mais vale ficar escondido ou fugir, e o que quero que não se esconda, não fuja, mas que passeie diante de mim como as ideias… como tu…

17.7.06

Caminho pela noite...

Divago pelas ruas a procura de um pouco de conforto para o meu ser solitário, no vazio das ruas durante a noite. Encontro pessoas que se beijam, encontro grupos de pessoas que apesar de irem em grupo, parecem mais solitárias que eu na minha solitária solidão.
Olho para o céu e contemplo o infinito templo que se situa mesmo por cima do meu ser, aquela enorme imensidão faz-me lembrar o teu ser complexo que vou descobrindo pouca a pouco, e que cada vez mais me faz querer descobrir mais, de uma maneira ou de outra, se os teus olhos não falam comigo e a tua boca não me olha de frente, com certeza que o toque das minhas mãos nas tuas me transmitira aquela sensação necessária para saber o que estas a pensar. Não queres ser fácil de descobrir, não queres revelar o teu mundo, não queres que eu deambule pelo teu ser como deambulo pelas ruas á noite, se um dia me deixares entrar completamente dentro do teu ser, sei que será de mão dada a tua alma, porque não deixas qualquer pessoa caminhar pelo teu caminho e eu já caminhei por sítios onde tu nunca pensas-te que eu conseguisse entrar, mas como alguém disse, nem sempre a porta da frente é a única entrada….
E assim vou caminhando sozinho, até um dia ter alguém que me acompanhe, e ai talvez outro ser solitário que deambule pelas ruas, também ache que somos só mais duas pessoas aos beijos, mas nós saberemos que nunca será assim, porque isso é simplificarmos de mais uma equação tão extensa como o amor…

16.7.06

Serás tu?




Imagina alguem...

.... aquela pessoa especial...

.... sentes um frio na barriga e não sabes esplicar porquê...

... fecha os olhos e sente...

Queria poder fechar os olhos, sentir-te aqui, mesmo de olhos fechados sentir a tua presença e ficar confortado com o teu olhar, queria dizer-te o que sinto, mas tenho medo. Perdi muita coisa na minha vida pelo medo, perdi muita coisa por falta de medo, por excesso de coragem, hoje apenas vou deixando o momento construir-se, um momento certo para falar, um momento certo para te explicar o que sinto, o momento...
O momento construido...
...um olhar...

...um sorriso....

...umas palavras saidas de uns labios descontrolados....


...uns labios pintados com baton de medo....

....um sorriso cheio de esperanças...

...um olhar expectante....

Esse momento será "o momento", aquele em que finalmente ouvirei da tua boca a resposta ao que a minha proferir, será aquele momento, mas será que irá ter uma continuação de momentos?